Trump dobra a aposta no protecionismo e inclui Brasil em nova rodada de tarifas "recíprocas"
Em discurso no Congresso, ex-presidente dos EUA reafirma política "America First" e justifica sobretaxas como resposta a décadas de tarifas impostas por outros países

O ex-presidente Donald Trump, fiel à sua política de colocar os Estados Unidos em primeiro lugar, anunciou uma nova rodada de tarifas contra países que, segundo ele, “usam taxas para prejudicar a economia americana”. Entre os alvos, além da China, México e Canadá, está o Brasil, citado por Trump como um dos países que há anos impõem tarifas desproporcionais sobre produtos americanos.
Em discurso no Congresso dos EUA, Trump justificou as medidas como uma resposta necessária para restaurar o equilíbrio nas relações comerciais globais. “Se nos taxarem, vamos taxá-los, é simples”, afirmou o republicano, deixando claro que sua administração não permitirá que os EUA continuem sendo prejudicados por políticas protecionistas de outros países.
As novas tarifas atingem setores estratégicos e foram descritas por Trump como “recíprocas” – ou seja, aplicadas na mesma medida das barreiras comerciais impostas pelos parceiros comerciais dos EUA. Ele também criticou a União Europeia, Índia e Coreia do Sul, reforçando que muitos desses países taxam produtos americanos em níveis que chegam a ser quatro vezes superiores às tarifas dos EUA.
Fim do jogo para parasitas do livre comércio
Cumprindo suas promessas, Trump aumentou para 25% as tarifas sobre importações do Canadá e do México, além de dobrar os tributos sobre produtos chineses. Com isso, os EUA atingiram o maior nível de tarifas desde a primeira metade do século XX, uma medida necessária para proteger empregos americanos e fortalecer a produção interna.
Enquanto China e México adotaram respostas cautelosas, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, reagiu de forma desesperada, classificando as decisões de Trump como “estúpidas” – um discurso típico de líderes globalistas que não aceitam que os EUA finalmente defendam seus interesses. Trudeau anunciou tarifas retaliatórias, mas a verdade é que seu país depende economicamente dos EUA e dificilmente terá condições de sustentar um embate comercial prolongado.
Já a China, um dos maiores vilões do comércio global, reagiu com novas taxações sobre produtos americanos, tentando forçar os EUA a recuarem. No entanto, Trump já deixou claro que não cederá às pressões de Pequim, que há décadas pratica dumping e distorce o mercado mundial.
México tenta evitar confronto, mas Sheinbaum vacila
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, adotou uma postura vacilante e tardia, afirmando que “não há motivo, razão ou justificativa” para as tarifas impostas pelos EUA. No entanto, os próprios empresários mexicanos já vinham alertando sobre a dependência do país em relação ao mercado americano e a necessidade de um acordo para evitar perdas ainda maiores.
Enquanto Trudeau e Sheinbaum se desgastam politicamente tentando manter suas economias dependentes do livre acesso ao mercado americano, Trump segue firme em sua política de endurecimento comercial. Seu objetivo é claro: garantir que os EUA não sejam mais reféns de acordos que prejudicam seus trabalhadores e drenam a riqueza nacional.
A nova rodada de tarifas é um recado direto para países que exploram os EUA há décadas. Sob Trump, a América volta a ser forte – e os que se aproveitavam da benevolência americana precisarão se adaptar ou pagar o preço.
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