A vereadora Ana Portela (PL) não se intimidou diante da declaração controversa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a sessão desta quinta-feira (13), apresentou uma Moção de Repúdio contra a fala do petista, que reduziu uma mulher ao papel de “bonita” como forma de facilitar negociações com o Congresso.

Portela, a única representante feminina da direita na Câmara de Campo Grande, expôs o paradoxo da esquerda, que se proclama defensora das mulheres, mas mantém um constrangedor silêncio quando o machismo parte de suas próprias lideranças.

"É inadmissível que uma mulher seja reduzida à aparência, ignorando sua competência e mérito. Isso, vindo do chefe da nação, é um grande desrespeito”, criticou a vereadora. 

A moção foi aprovada pela maioria dos vereadores, mas recebeu o previsível veto da bancada petista. Para Portela, a decisão reforça a incoerência do discurso progressista, que se omite quando os ataques partem de seus próprios aliados.

A vereadora desafiou os parlamentares petistas a assinarem a moção, recordando que, no dia anterior, a Câmara havia prestado homenagem a mulheres destacadas por seu mérito, e não por atributos físicos. A resposta? Silêncio absoluto daqueles que defendem discursos inclusivos, mas hesitam em condenar posturas incompatíveis com seus princípios declarados.

O episódio evidencia uma dura realidade: a defesa dos direitos das mulheres, para determinados grupos, parece ser seletiva e sujeita a conveniências políticas.

*Com informações Assessoria de Imprensa da Vereadora