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Campo Grande,17/03/2025

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Campo Grande Afunda no Abandono: Até Quando a População Vai Tolerar?

Enquanto denúncias de superfaturamento e descaso se acumulam, vereadores se calam e deixam a cidade afundar no caos


Campo Grande Afunda no Abandono: Até Quando a População Vai Tolerar? Vice prefeita Dra Camila e a Prefeita Adriane Lopes

O site Regional Notícia tem denunciado, de forma incansável, uma série de irregularidades que assolam Campo Grande, enquanto a Câmara Municipal segue em um silêncio ensurdecedor

A prefeita Adriane Lopes assumiu o comando da cidade em 1º de abril de 2022, e já se encaminha para completar quatro anos de um mandato que, para muitos, tem sido sinônimo de descaso e desgoverno. Ainda assim, há quem insista na narrativa de que ainda estamos em um "início de gestão".

A mais recente denúncia é simplesmente inacreditável: ao invés de realizar obras de infraestrutura adequadas, a prefeitura estaria utilizando mato para tampar buracos nas ruas. Sim, mato! O problema vai além da incompetência administrativa – há indícios de um esquema que pode estar drenando recursos públicos e penalizando ainda mais a população.

A Gravidade da Denúncia

Nossa redação recebeu um alerta alarmante de um servidor público, que, sob a condição de anonimato, revelou detalhes de um possível esquema de superfaturamento. Segundo ele, a lógica da fraude seria simples, porém devastadora para os cofres públicos:

“Economizar em cascalho e ganhar em volumes de massa de capim, cobrando como se fosse cascalho. Tem que pegar a ficha do apontador e ver quantos metros cúbicos de cascalho foram utilizados e de onde vieram, placa do caminhão, motorista, operador da pá-carregadeira, apontamento da saída do material, volumetria para confrontar com a do destino final. Alvará de autorização de extração do cascalho pela ANM, autorização de exploração e valor do metro cúbico, ver o valor pago pela Prefeitura nesses lugares que fazem grandes esquemas.”

Trata-se de um alerta que exige investigação imediata. Se comprovado, não estamos diante de um simples erro administrativo, mas de uma fraude que pode estar consumindo recursos que deveriam ser usados para melhorar a vida da população.

Quem Deve Fiscalizar?

A imprensa tem feito sua parte, trazendo à tona os fatos. Mas e os vereadores, cujo papel essencial é fiscalizar o Executivo? Vão continuar assistindo a tudo de camarote?

O argumento de que "não há motivos para impeachment" soa como um escárnio diante das evidências apresentadas. O pedido de impeachment da prefeita já foi protocolado. Agora, cabe à Câmara Municipal deliberar sobre o caso. Entre os pontos citados no processo, há a suspeita de renúncia de receita sem anuência da Câmara Municipal, um fato gravíssimo que, se confirmado, configura infração administrativa.

Mas a responsabilidade não recai apenas sobre o Executivo. A omissão dos vereadores diante de possíveis irregularidades também pode configurar infração, pois o dever constitucional da Câmara é fiscalizar o uso dos recursos públicos. Ignorar denúncias, evitar investigações ou se recusar a cumprir seu papel institucional pode caracterizar prevaricação ou até conivência com a má gestão.

Se os vereadores se omitirem, estarão enviando um recado claro à população: a fiscalização deixou de existir e a prefeita pode governar sem prestar contas a ninguém. Nesse caso, para que serviria a Câmara?

Até Quando?

A cidade afunda, a infraestrutura se deteriora, e a população paga a conta – em impostos, prejuízos com veículos danificados e, acima de tudo, no sentimento de impotência diante de um sistema que deveria protegê-la.

Até quando Campo Grande aceitará esse estado de coisas? A resposta está nas mãos da população, que precisa cobrar, exigir transparência e, sobretudo, lembrar que nenhum cargo público é eterno.





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