Prefeitura de Campo Grande expõe servidores a juros abusivos ao não repassar valores de consignados
Funcionários públicos enfrentam juros abusivos e até risco de perder imóveis após a Prefeitura não repassar valores descontados de seus salários aos bancos desde o ano passado

O descaso da gestão da prefeita Adriane Lopes com os servidores municipais de Campo Grande atingiu um novo patamar. O site Regional Notícia tem recebido diversas denúncias de funcionários públicos que enfrentam sérias dificuldades com seus empréstimos consignados, uma vez que a Prefeitura não repassa aos bancos os valores descontados de seus salários desde o início do ano passado.
Uma servidora de carreira da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) relatou que tentou contratar um novo empréstimo, mas teve a solicitação negada. O motivo? O não repasse das parcelas pela Prefeitura, o que resultou na inadimplência dos servidores no sistema bancário. Como consequência, as instituições financeiras passaram a cobrar taxas significativamente mais altas, aplicáveis a empréstimos pessoais, onerando ainda mais os funcionários públicos.
"Vou perder meu apartamento porque não tenho reajuste salarial há 10 anos e, agora, meu crédito consignado foi bloqueado. Tudo por culpa da responsável pelo consignado da Prefeitura," lamentou a servidora.
O problema, no entanto, não é um caso isolado. Segundo fontes, todos os servidores municipais que contrataram empréstimos consignados no período estão enfrentando a mesma situação. Em mensagens obtidas via WhatsApp, a justificativa dada pelo setor responsável foi uma suposta mudança na matrícula do servidor, o que teria ocasionado a desaverbação da parcela. No entanto, o próprio funcionário contestou essa alegação, afirmando que não realizou qualquer movimentação voluntária em seu cadastro.
Além disso, mesmo após a regularização do repasse neste mês, as parcelas anteriores continuam em aberto, acumulando um passivo financeiro que os servidores terão que arcar ou renegociar sob juros abusivos.
Diante desse cenário alarmante, a Prefeitura de Campo Grande precisa dar explicações urgentes sobre essa irregularidade, que compromete diretamente a estabilidade financeira de seus funcionários. Afinal, quem vai pagar a conta desse descaso?
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