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Campo Grande,26/04/2025

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Missão Invisível: Como Servidores Fantasmas Viraram Heróis de Incentivo em Campo Grande

Com direito a convocação via WhatsApp, visitas simuladas e bônus fantasma, a administração de Campo Grande transforma irregularidade em espetáculo – e servidor afastado em herói da produtividade


Missão Invisível: Como Servidores Fantasmas Viraram Heróis de Incentivo em Campo Grande divulgação

Campo Grande, 25 de fevereiro de 2025 – Em mais um capítulo da série “Vale Tudo, Menos a Ética”, a gestão pública de Campo Grande surpreende com um enredo digno de Oscar: servidores da Coordenadoria de Vetores foram “convocados” – leia-se, avisados via grupo de WhatsApp, o novo Diário Oficial da administração moderna – para uma suposta ação no bairro Mário Covas, marcada para o dia 27/02. O palco escolhido para essa operação inusitada? A Unidade de Saúde local, onde se desenrolaria a missão mais incomum do mês.

No elenco principal, o coordenador Vagner Ricardo, que assumiu a direção da operação; o chefe de serviço do PNCD, Rubens Betancourt, em atuação discreta como “fiscal do silêncio”; o assessor Edmárcio Mourão, com seu tradicional papel de apoio moral; e a supervisora geral Silvana Cristina, que roubou os holofotes com um discurso que, no mínimo, beirou o surreal. Também integrou a cena o supervisor de área Reginaldo e um grupo de servidores convocados para a causa — ou melhor, para o improviso administrativo.

A missão era tão dramática quanto peculiar: garantir que a servidora Ana Lucia Escobar não fosse penalizada por não atingir os sagrados 80% da meta, após um período de afastamento. Um esforço coletivo em nome do incentivo perdido – ou, mais precisamente, de um bônus em dinheiro não divulgado oficialmente. O clima era de comoção gerencial.

Com o aval celestial da superintendente Veruska Lahdo e do próprio coordenador Vagner Ricardo, Silvana Cristina teria orientado os servidores a preencherem os boletins FAD01 e entregarem os registros diretamente ao supervisor Reginaldo. Até então, tudo indicava uma força-tarefa rotineira, mas o desfecho foi digno de roteiro de suspense com pitadas de comédia involuntária.

Após cumprirem suas diligências, os servidores descobriram que todas as visitas foram, magicamente, lançadas no sistema e-Visita como se tivessem sido realizadas por... Ana Lucia Escobar. Sim, exatamente: a servidora afastada subitamente se transformou na campeã de produtividade do mês – sem sair de casa.

Uma ação fantasiosa com impacto real

A situação escancara uma pergunta tão absurda quanto necessária: quando o incentivo é restrito a poucos, a ética também pode virar um servidor fantasma?

Enquanto Ana Lucia teve direito a uma verdadeira cruzada institucional para garantir seu bônus, outros servidores que também adoeceram ou não atingiram a meta — por motivos legítimos — seguem ignorados, sem qualquer movimento de resgate ou empatia institucional. Talvez o que lhes falte não seja produtividade, mas um “padrinho administrativo” tão atuante quanto os envolvidos nesta trama.

Até o momento, reina o silêncio das chefias. Aparentemente, a estratégia é confiar que, se ninguém tocar no assunto, tudo será esquecido. No entanto, prints de conversas e fotos da ação (em anexo) sugerem que essa história está longe de ser enterrada — mesmo com o sistema tentando apagar os rastros.

E pensar que a ficção do serviço público era só coisa de série de TV...





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