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Campo Grande,26/04/2025

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Adriane Lopes e o enigma do orçamento invisível: uma comédia pastelão com roteiro trágico para o funcionalismo

Adriane Lopes (PP) confessa que, após três anos no comando da prefeitura, ainda não sabe o tamanho do orçamento municipal — mas segue fazendo promessas que nem a própria calculadora acredita

A folha de Campo Grande
Adriane Lopes e o enigma do orçamento invisível: uma comédia pastelão com roteiro trágico para o funcionalismo Adriane e Papy: prefeita que não conhece o próprio orçamento “frustrou” a Câmara e os servidores

Campo Grande está assistindo, em tempo real, a uma verdadeira aula de como não governar uma capital. A protagonista? A prefeita Adriane Lopes (PP), que parece ter descoberto só agora que gerir uma cidade envolve, vejam só, saber quanto dinheiro se tem em caixa.

Sim, senhoras e senhores: depois de quase três anos esquentando a cadeira no gabinete mais importante da capital sul-mato-grossense, Adriane teve uma epifania. Em uma conversa com o presidente da Câmara, vereador Epaminondas Papy (PSDB), ela revelou algo digno de um roteiro do Zorra Total: não faz ideia do tamanho do orçamento da prefeitura — tampouco de quanto pode ser investido na política salarial dos servidores.

Trata-se de uma confissão pública digna de entrar nos anais da administração pública como um caso clássico de “assumi sem ler o manual”. E mais: mesmo sem saber, ela se comprometeu com um reajuste para centenas de servidores que acumulam perdas desde que ela assumiu o cargo. Um detalhe pequeno, quase irrelevante... não fosse o fato de que estamos falando de vidas reais, de famílias que contam com esse salário para sobreviver.

A lambança ficou evidente quando a proposta de reajuste de 67% já estava a um passo de ser votada. Mas aí, num ato de súbita iluminação orçamentária, Adriane freou a promessa e resolveu fazer o que ela parece entender melhor: empurrar com a barriga. Propôs um escalonamento módico de 16,75% ao ano... até 2028. Porque se é pra ser enganado, que seja aos poucos, não é mesmo?

A confusão já tinha envolvido até o Judiciário e o Ministério Público Estadual. A Câmara chegou a promulgar uma lei que garantia o reajuste — que a própria Adriane correu para tentar barrar na Justiça. E quando o MPE tentou costurar um acordo com anuência da prefeita e dos vereadores, tudo parecia caminhar... até a prefeita decidir, de novo, voltar à estaca zero. Dessa vez, de forma constrangedora até para quem já está acostumado com a bagunça crônica do poder público.

A pergunta que fica é: quem está mesmo governando Campo Grande? Porque se nem o básico da gestão — como conhecer o orçamento — é sabido por quem deveria estar com as rédeas da cidade, talvez esteja na hora de uma força-tarefa... ou de uma intervenção divina.







Enquanto isso, o funcionalismo continua na corda bamba, à espera de um reajuste que virou mais um capítulo da novela trágica intitulada “A Arte de Prometer Sem Planejar”.

*Com informações A Folha de Campo Grande




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